sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Queda do Enem


  Andréia Teixeira              
                                                                                              2 de novembro

               No ano de 1998, o Governo Federal criou  o tão falado Enem, que denomina-se  Exame Nacional do Ensino Médio. Este exame tinha a princípio o objetivo  de fazer uma avaliação do aprendiz que cursava a  última  série do Ensino  Médio. Com a autorização do MEC outros indivíduos poderiam participar do Enem, a partir do momento que comprovassem a conclusão da terceira série  em anos anteriores.
        A princípio o exame possuía como objetivo principal a verificação do "desenvolvimento e de competências  dos alunos que estavam concluindo" a última série do Ensino Médio, investigando também se estes estavam aptos ao "exercício pleno da cidadania".
        Os anos passaram e para incentivar os discentes a continuarem os seus estudos, o Enem recebeu mais uma atribuição, ou seja, representantes do MEC começaram a idealizar o exame como uma forma  de  proporcionar o ingresso dos estudantes nos cursos profissionalizantes, pós-médio e  no curso superior. Isto foi possível por causa do empenho do MEC ao persuadir as Universidades e Faculdades a fazerem a utilização dos resultados dos participantes do exame como uma forma de compor os seus processos de seleção.  Devido as vantagens que poderiam adquirir, muitas das instituições de ensino superior aderiram a proposta do governo.
         Outras propostas surgiram, e  com o passar dos anos como uma maneira de   inserção do brasileiro na universidade, foi criado  o (ProUni) , ou seja, Programa Primeira Universidade,  oferecendo bolsas parciais ou totais de estudo, de acordo com os resultados do Enem.  Muitos estudantes foram beneficiados com o programa e muitos poderiam ser, até surgirem fraudes no exame.
        No ano passado, 2010, o gabarito da prova do Enem foi vendido por aproximadamente R$ 500,00 e o exame foi cancelado dias antes da data marcada. Outra prova foi feita num prazo muito curto e foi motivo de problemas na hora da aplicação, pois, havia numeração errada, gabaritos trocados das provas de língua estrangeiras, além de outros problemas. Foi um verdadeiro caos. Muitos alunos que se sentiram prejudicados fizeram uma nova prova.
          Neste ano de 2011, pensava-se que seria diferente do anterior. Alunos  de escolas públicas e particulares estudaram desde o início e se  decepcionaram, após três dias que a prova foi  aplicada. Por mais que  os responsáveis pela  impressão e publicação da prova  tomassem o máximo de cuidados com as mesmas,  surgiram notícias de que várias questões que estavam nas provas foram trabalhas em cursinhos preparatórios no Ceará e até em Minhas Gerais. Diante disto, foi cogitado a anulação do exame, porém o que se comenta atualmente é que  13 questões foram anuladas, ou seja, as que foram divulgadas nos cursinhos. Se esta história não fosse cômica seria trágica.  Porque contribuiu para desestimular muitos estudantes, professores e instituições de ensino superior, que vem perdendo a credibilidade no Enem pelo que aconteceu por dois anos consecutivos. 
         Acredita-se que o Governo precisa usar de  todas as suas formas de proteção e sigilo no que tange as provas e gabaritos,  para que estes tenham  a devida credibilidade de milhares de brasileiros que sonham com seu ingresso em um curso superior . Contudo,   solicita-se que medidas enérgicas devam ser tomadas  por parte o MEC para que não haja definitivamente  a queda  do Enem, acabando com o sonho de milhares de pessoas. Portanto, o povo apenas pede justiça pelo acontecimento e,  que pessoas desonestas e corruptas possam ser penalizadas por estes tipos de crimes cometidos, servindo de exemplo para que  outras não tenham as mesmas atitudes.

Fonte:http://portal.mec.gov.br
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