quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Capão das Cobras

                                                                             Andréia Teixeira

Todos acordaram cedo em um sábado de manhã para mais um passeio com destino ao  sítio "Bernardo". O dia estava meio nublado, parecia até que ia chover, mas graças a Deus isso não aconteceu. Saímos de casa em dois carros, um com cinco lugares e outro com nove. Já estávamos fazendo uma festa no meio do caminho. Contávamos casos do sítio e ríamos muito das bobagens que alguns diziam. Eu estava dentro do carro maior e achava tudo muito divertido no trajeto entre a minha casa e o sítio de mamãe. Dentro da Van estavam Zezé, sua esposa Lia, sua irmã Leila, sua mãe Tetê, sua neta Nicole,   minha mãe Vanda e eu, Luciana. Iríamos chegar ao local em trinta minutos. Porque a casa ficava na divisa entre Nova Lima e Rio Acima, ali antes de entrar na última cidade, bastava virar a direita, subir uma estrada de terra que leva ao Rio de Peixe. Porém o sítio não ficava exatamente no Rio de Peixe, mas sim, no chamado Capão das Cobras.
Dentro do carro conversávamos sobre vários assuntos, e em um dado momento, Zezé disse que gostaria de  comer samambaia, e se encontrasse no meio do caminho iria parar o carro para pegar a planta. Passou alguns minutos e o rapaz avistou alguns brotos de samambaia, parou o carro e resolveu pegá-las. Ele e sua esposa desceram do automóvel e foram em direção a planta. Ao se aproximarem dela, mamãe gritou dizendo:
- Não cheguem perto da planta, tem uma cobra coral aí perto!
Eles assuntados perguntaram?
- O quê? Onde está? 
Mamãe respondeu:
- Está logo aí, perto da samambaia! Não peguem, saiam daí imediatamente!
Por alguns instantes passamos por um momento tenso. Porque tememos que os dois fossem mordidos pela cobra. Se a história não fosse cômica seria trágica, mas tudo deu certo ninguém foi mordido pela coral . Zezé e Lia imediatamente voltaram para o carro meio assustados e seguimos o nosso rumo ao sítio.
No percurso que fizemos até lá, houve uma mistura de alívio e risos, porque tudo aconteceu muito rápido, e o próprio Zezé ria da situação, dizendo que  era perseguido pelas cobras, pois já era a segunda vez que encontrava com uma. Dias atrás se deparou com uma serpente na beira da lagoa do sítio e saiu correndo. Para completar a história ele comentava:
- Será que só eu que tenho que encontrar essas cobras, e agora também   na beira da estrada?
Aquilo era demais para Zezé, que ria e falava que não era á toa que o local se chamava Capão das Cobras, pois era muito comum encontrar com esse animal em vários lugares, como na estrada, próximo da lagoa e em lugares afastados da casa. Contudo, Deus sempre esteve presente conosco  naquele local indo e voltando do sítio, porque ninguém nunca foi mordido por esse bicho, ali no Capão das Cobras


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